Os pés, do ponto de vista científico e tendo a saúde como parâmetro de normalidade, não podem ter atritos ou pontos de pressão, lesões, como calos, calosidades, fissuras, bolhas, corte errado de unha ou perda de unhas ocasionada por descolamento e hematomas por calçados.
Uma das características da funcionalidade do pé é participar constantemente da locomoção e do equilíbrio postural. No que se refere à locomoção, destaca-se a capacidade de se movimentar no ambiente em diferentes situações de terrenos planos e irregulares. O equilíbrio postural é a capacidade do corpo se manter na posição bípede, utilizando-se do pé e tornozelo como base de sustentação.
As desordens posturais do pé estão estreitamente relacionadas às alterações morfológicas, biomecânicas e funcionais dos pés. Um exemplo dessas alterações na faixa etária idosa é o valgismo do pé (hálux valgo) que gera significativas dificuldades de adaptação aos calçados, gerando problemas de instabilidade postural e aumento do risco de quedas.
A utilização de órteses na podologia é uma abordagem terapêutica essencial para corrigir alterações estruturais das unhas e dos pés, proporcionando alívio de dores, prevenção de complicações e melhoria na qualidade de vida dos pacientes. O conhecimento adequado sobre o tema permite ao profissional podólogo oferecer tratamentos específicos e personalizados, promovendo o bem-estar e a saúde podal.
O domínio sobre a confecção e aplicação de órteses é fundamental para o podólogo, pois permite um tratamento mais completo e eficiente. Compreender a anatomia, a biomecânica e as restrições adequadas para cada tipo de órtese evita complicações e maximiza os resultados terapêuticos.
Além disso, a evolução dos materiais e técnicas exige atualização constante dos profissionais, garantindo abordagens modernas e práticas. O conhecimento sobre órteses amplia as possibilidades de intervenção na podologia, tornando o atendimento mais qualificado e personalizado.
Fonte: CARVALHO, C. E. de. Órteses das unhas e dos Pés. Maringá: Unicesumar, 2021.
Diante disso, vamos analisar um quadro clínico sobre o tema:
Joana é uma jovem de 31 anos e agenda um horário com você em seu estabelecimento de atendimento podológico para uma avaliação.
Ao chegar, você analisar que a paciente apresenta ambos os pés com desabamento ou achatamento do arco plantar medial, com presença de hálux valgus, e a mesma relata uma algia intensa na região do médio pé, principalmente ao final do dia e após realizar atividade física. Durante a análise biomecânica, você observa uma pronação excessiva ao andar, e os calçados da mesma estão mais “gastos “na região medial.
Veja a foto do pé da paciente:
Fonte: https://media.istockphoto.com/id/1466745152/pt/foto/mature-woman-exercising-against-flat-feet-at-home.jpg?s=612×612&w=0&k=20&c=IFLjrDzkklAorU912v4BsyPhRHrKBQNH6H8l-qPYm-8=. Acesso em: 31 mar./2025
Considerando todos os achados clínicos da mesma, e suas respectivas atribuições para a melhora do quadro clínico, responda às questões a seguir:
1) Explique para Joana o que é a pronação e como pode interferir na pisada e qualidade de vida do paciente.
2) Explique também o que é um pé plano e como o mesmo pode acabar causando desconfortos no dia a dia.
3) A paciente também gostaria de saber o que causou o pé plano nela, portanto explique sobre as atribuições genéticas que podem favorecer o aparecimento da doença.
4) Explique também como pode ser feito o diagnóstico correto da patologia, para que a paciente fique atenta quanto às características que precisam ser observadas.
5) Agora explique para ela o que é uma órtese customizada, que é a melhor alternativa de tratamento para diminuição dos problemas relacionados ao tipo de pé que ela apresenta.