ATIVIDADE MAPA DE PARASITOLOGIA CLÍNICA
Olá, estudante!
Seja bem-vindo à atividade M.A.P.A. (Material de Avaliação Prática de Aprendizagem) da disciplina de Parasitologia Clínica.
Instruções iniciais:
– Utilize o formulário de resposta padrão do M.A.P.A. para realizar esta atividade. Ele se encontra disponível para download em “Material da Disciplina”. Siga todas as instruções que constam no formulário.
– Assista aos vídeos de instruções para a realização do M.A.P.A., disponíveis na “Sala do Café”.
ATENÇÃO!
A realização do M.A.P.A. será dividida em 2 etapas: uma teórica, com pesquisa bibliográfica dos conceitos ensinados em aula (etapa 1), e outra prática, realizada durante o Encontro Prático Presencial no LPI do seu polo (etapa 2).
Fique atento aos comunicados de Agendamento dos encontros práticos. Caso tenha dificuldades, entre em contato pelo Fale com o Mediador.
CONTEXTUALIZAÇÃO
O aumento da temperatura em todo o mundo tem causado mudanças climáticas rápidas e generalizadas, com seca que favorece as queimadas, alagamentos ou enchentes em várias regiões do planeta. Entre os efeitos abrangentes das mudanças climáticas, as doenças infecciosas não são poupadas, pois alagamentos ou enchentes, por exemplo, favorecem a transmissão de doenças, especialmente as entéricas, quando no contato com a água contaminada. De acordo com a Organização Mundial da Saúde [OMS] (2023), estima-se que pelo menos 1,7 bilhão de pessoas em todo o mundo usam uma fonte de água potável contaminada com fezes, causando aproximadamente 505.000 mortes por diarreia a cada ano, principalmente crianças.
A OMS, juntamente com organizações governamentais ou não, trabalha com estreita colaboração em diversas áreas relacionadas à água e à saúde, incluindo água, saneamento e higiene (OMS, 2023). Apesar dos esforços organizacionais, os sistemas de saúde por si só não conseguem resolver todos os problemas de saúde da população, necessitando da colaboração das pessoas especialmente em relação a higiene, educação sanitária, consciência da transmissão de doenças. A falta de educação sanitária, aliada à carência de escolaridade, contribui significativamente para o aumento da exposição das pessoas a situações de risco para a transmissão de doenças infecciosas. Quando não há compreensão sobre práticas básicas de higiene e prevenção, a população tende a adotar comportamentos inadequados, se expondo, muitas vezes sem compreender, à riscos à saúde, tornando essas pessoas mais vulneráveis a surtos e epidemias. Para exemplificar, assista o vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=QyuNa4PGevE
Fonte: OMS. Organização Mundial da Saúde. Drinking-water – Key Facts. Updated in 13 September 2023. Disponível em https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/drinking-water Acesso em: 04 mar. 2025.
Leitura complementar para execução da atividade MAPA:
– Universidade Cesumar. Graduação – EaD. Parasitologia Clínica / Vinícius Pires Rincão. – Indaial, SC: Arqué, 2023.
– SIQUEIRA-BATISTA, R. Parasitologia – Fundamentos e Prática Clínica. Cap. 18 – p. 145 – 149. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2020. E-book.
– ZEIBIG, E. Parasitologia Clínica – Uma Abordagem Clínico-Laboratorial. Cap. 3 – Amebas. p. 40 – 76. Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. E-book.
– Material Didático Digital (MDD) de Parasitologia.
ETAPA 1
Instruções para a realização desta etapa:
A execução da etapa 1 NÃO está vinculada à prática presencial no polo. Você deverá ler o caso clínico a seguir, e a partir deste, aplicar os conhecimentos teóricos referentes ao conteúdo da disciplina associados ao caso para responder as perguntas da etapa 1 (itens 1.1, 1.2, 1.3, 1.4, 1.5 e 1.6).
Relato de caso clínico
A mãe de uma criança de 4 anos, sexo masculino, em consulta na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de sua cidade, relata que o filho apresenta um quadro de diarreia há 5 semanas, que inicialmente eram esporádicas, com poucas cólicas, mas que nas duas últimas semanas, o número e frequência de evacuações têm aumentado. Relata ainda que o filho vem reclamando com mais frequência de dor abdominal, que as últimas evacuações vêm apresentando muco e sangue nas fezes e na noite anterior apresentou febre de 38,5 ºC, náusea e vômito. A mãe informa não ter realizado nenhum tratamento medicamentoso, apenas com uso de soro caseiro e leite fermentado para os episódios de diarreia.
Ao exame clínico a criança apresentava-se prostrada, levemente febril (37,8ºC) e com dor à palpação no hipocôndrio direito. Exames de sangue, urina e parasitológico de fezes foram solicitados. Exame de urina normal, parasitológico de fezes (método de sedimentação espontânea) negativo para protozoários ou helmintos, porém com presença de muco e filetes de sangue. O hemograma mostrou aumento de leucócitos, com elevação dos eosinófilos, transaminases hepáticas (TGO/TGP) alteradas em 5 vezes acima da normalidade, bilirrubina e gama glutamil transferase (gama GT) dentro da normalidade.
A partir do resultado dos exames, o médico questiona a mãe a respeito dos hábitos da criança, como brincar na terra ou água, moradia, consumo de água filtrada e higienização dos alimentos. A mãe relata que mora em uma região mais afastada da cidade, sem ligação da rede de esgoto, mas que todos os dejetos eram despejados por um cano que saía pelos fundos da casa em um córrego próximo, como faziam os demais vizinhos. Relata que possui filtro de barro em casa para consumo de água e que higieniza as hortaliças apenas com água corrente. Relata ainda que no período de chuvas, as crianças aproveitam para se banhar nas ruas alagadiças pela enchente, pois gostam de brincar na água.
Baseado no relato da mãe, o médico solicita novo exame parasitológico de fezes (EPF), mas pelos métodos direto a fresco e método de centrífugo-flutuação em sulfato de zinco, além de exame sorológico pelo método de ELISA para detecção de anticorpos anti-Entamoeba histolytica e ultrassonografia hepática. O EPF pelos dois métodos foram negativos para enteroparasitos, mas a sorologia é fortemente positiva para anticorpos contra Entamoeba histolytica (E. histolytica) e o ultrassom evidencia um pequeno abscesso hepático. De acordo com o resultado, a criança foi tratada com metronidazol oral por 10 dias, apresentando melhora e alta médica após 30 dias de estabilidade.
A partir do relato de caso acima e dos conhecimentos teóricos da disciplina, RESPONDA:
1.1 De acordo com o relato, os sintomas e exames realizados, a criança apresentou amebíase extraintestinal? EXPLIQUE.
1.2 O EPF foi negativo para os métodos de sedimentação espontânea, direto a fresco e centrífugo-flutuação em sulfato de zinco, porém a sorologia foi fortemente positiva para anticorpos anti-E. histolytica. Considerando que os métodos foram realizados corretamente EXPLIQUE o que justifica essa ausência de formas parasitárias nas fezes, mas presença de anticorpos no sangue?
1.3 Para encontro dos trofozoítos de E. histolytica uma amostra diarreica deve ser avaliada em quanto tempo após a emissão? EXPLIQUE.
1.4 Neste caso a amebíase extraintestinal atingiu qual órgão? JUSTIFIQUE sua resposta com base nos exames laboratoriais e sintomatologia.
1.5 DEFINA qual a provável fonte de contaminação parasitária nessa criança e sua forma evolutiva? CITE pelo menos dois métodos de prevenção que devem ser repassadas à mãe para evitar reinfecções ou exposições a outras doenças infecciosas.
ETAPA 2
Os itens 2.1, 2.2, 2.3 e 2.4 estão vinculados ao Encontro Prático Presencial no laboratório de praticas integradas (LPI) do seu polo.
A prática corresponde à disciplina de Parasitologia Clínica – EPF – Métodos de sedimentação, prevista para ocorrer na semana 7 do módulo 52 (16/06 a 21/06/25), mediante agendamento em seu Studeo.
ATENÇÃO! Os agendamentos ocorrem na semana que ANTECEDE a prática, desta forma, o agendamento está previsto para a semana 6 do módulo (09/06 a 14/06/25).
CONTEXTUALIZAÇÃO
Uma parasitose muito conhecida no Brasil, que é transmitida pelo contato com água doce contaminada, associada a presença de caramujos, é a esquistossomose, popularmente conhecida como barriga d’água, xitose ou mal do caramujo. A esquistossomose é uma doença parasitária aguda e crônica causada trematódeo Schistosoma mansoni (S. mansoni), que possui como hospedeiro intermediário caramujos do gênero Biomphalaria, principalmente a espécie Biomphalaria glabrata, possuindo como principal hospedeiro definitivo, o homem (NEVES, 2022). Nos países em desenvolvimento, representa um dos principais riscos à saúde das populações rurais e das periferias das cidades, ocupando o segundo lugar depois da malária, por sua importância e repercussão socioeconômica. No Brasil, a parasitose está presente em 19 estados, sendo as regiões Nordeste e Sudeste as mais afetadas, colocando aproximadamente 1,5 milhões de pessoas em área de risco de contrair a doença. Apesar da redução de sua prevalência em nível nacional nos últimos anos, ainda provoca um número expressivo de formas graves e óbitos (BRASIL, 2024).
Como a esquistossomose pode apresentar diferentes formas clínicas, se assemelhando a outras doenças, os exames laboratoriais são importantes ferramentas de diagnóstico, principalmente o exame parasitológico de fezes para encontro dos ovos do parasito. A identificação dos ovos de S. mansoni pode ser realizada associando seu tamanho, presença ou não de miracídio interno, e principalmente, pela presença do espículo lateral voltado para trás (NEVES, 2022).
Fonte: OMS. Organização Mundial da Saúde. Schistosomiasis – Key Facts, 1 February 2023. Disponível em: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/schistosomiasis. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente. Departamento de Doenças Transmissíveis. Vigilância da esquistossomose mansônica: diretrizes técnicas [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente, Departamento de Doenças Transmissíveis. – Brasília: Ministério da Saúde, 2024. NEVES, D.P. Parasitologia humana, 14ª ed. – Rio de janeiro: Atheneu, 2022.
Com relação ao exame parasitológico de fezes pelo método de sedimentação espontânea (Hoffman, Pons, Janer ou Lutz) e estudo da esquistossomose, EXECUTE os comandos a seguir:
2.1 ANEXE uma foto evidenciando você, como estudante, executando a técnica de sedimentação espontânea.
2.2 ANEXE uma foto do campo microscópico em objetiva de 40x, mostrando o ovo de S. mansoni com a presença do espículo lateral.
2.3 ANEXE uma foto do campo microscópico em objetiva de 40x, mostrando a cercária de S. mansoni com a cauda bifurcada.
2.4 CITE qual é a forma evolutiva infectante para o hospedeiro intermediário e definitivo, respectivamente?
Boa atividade!
ALGUMAS ORIENTAÇÕES FINAIS
Sobre elaboração das respostas da etapa 2:
As informações para as respostas, bem como as fotos solicitadas na etapa 2, devem ser extraídas e tiradas no dia do encontro prático presencial mencionado, porém você terá até o prazo final da atividade para enviá-las dentro do Modelo de Resposta Padrão do MAPA.